ALUNOS DO 1º L - SEDE - ETEC SAPOPEMBA |
quinta-feira, 20 de junho de 2013
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Vale a pena ler ....Concordo com Meirivania....leia você também.
Meirivania Alves de
Souza
RESUMO: Este artigo tem por
objetivo apresentar a relação existente e indispensável entre a Leitura, a
Escrita e a Matemática. Considerando que, as diferentes linguagens são de
extrema importância para a aprendizagem dos nossos alunos, em momento algum
podemos desconsiderá-las no processo de ensino e aprendizagem da Matemática,
pois na prática da Leitura e da Escrita surge o aprendizado e a absorção dos
conteúdos matemáticos aplicados nas práticas sociais de diferentes esferas de
atividades humanas, dentre os quais: valores, quantidades, porcentagens,
medidas etc. A metodologia utilizada é a da pesquisa bibliográfica, sustentada
pelas Orientações Curriculares de Mato Grosso na área de Ciências da Natureza e
Matemática, bem como, por autores como Martins (2002), Marcuschi (2008),
D’ambrósio (2009), Micotti (1999), dentre outros.
PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Escrita.
Matemática.
1. Introdução
Consideramos de extrema importância
relacionar a Leitura, a Escrita e a Matemática, pois quando se fala em Leitura
e Produção de textos para os acadêmicos de Matemática há uma reação de espanto
e insatisfação como se fosse algo sem interação e dialogo, mas o que devemos
observar é que a matemática também é um tipo de linguagem que produz sentidos e
interpretações, por isso, objetiva-se apresentar a relação existente e
indispensável entre a Leitura, a Escrita e a Matemática.
A metodologia utilizada na pesquisa é a
bibliográfica, sustentada pelas Orientações Curriculares de Mato Grosso na área
de Ciências da Natureza e Matemática, bem como, por autores como Martins
(2002), Marcuschi (2008), D’ambrósio (2009), Micotti (1999), dentre outros.
Compreendemos que, para escrever e
falar em diferentes situações comunicativas, precisamos saber ler também os
problemas matemáticos que circulam nas diferentes esferas de atuação humana
como a comercial, a cotidiana, a publicitária, entre outras.
Assim, necessitamos da leitura e da
escrita para dialogar com as proposições matemáticas. Podemos afirmar que, não
podemos caminhar sozinhos, não é porque somos acadêmicos de Matemática que
devemos ficar longe das diferentes leituras, pois os textos utilizados no
processo de ensino e aprendizagem envolvem linguagens que se relacionam:
escrita, imagens, gestos, figuras, sons, números, etc.
2. Leitura e Interpretação
dos Cálculos Matemáticos
A leitura está presente em todos os
momentos de nossa vida, assim como na compreensão da Matemática, esta por sua
vez, "auxilia na compreensão e interpretação do conhecimento das outras
ciências, colaborando em atividades de estimações, medições, comparações,
lógica, análise, entre outras, desenvolvendo ideias, representações e
estabelecendo relações, no contexto de convivências" (MATO GROSSO, 2010,
p. 05).
Para se realizar os cálculos
matemáticos devemos fazer a leitura adequada de seus símbolos, precisamos
compreender o que cada exercício nos propõe. Nesse sentido, Marcuschi (2008, p.
236) nos diz que, "para compreender bem um texto exige-se habilidade,
interação e trabalho”, por isso, a aprendizagem da Matemática está interrelacionada
às demais Ciências, por meio de relações dialógicas.
Vasconcelos (2008, p. 2) nos faz uma
colocação importante, dizendo que, “a Matemática não é uma ciência cristalizada
e imóvel; ela está afetada por uma contínua expansão e revisão dos seus
próprios conceitos. Não se deve apresentar a Matemática como uma disciplina
fechada, monolítica, abstrata ou desligada da realidade”, por isso devemos
considerar essa relação constante da Matemática com a Leitura das demais áreas
de estudo que dialogam entre si.
A leitura parece ser a
"princesinha da aprendizagem", quando Martins (2002, p.25) nos mostra
ser ela "a ponte para o processo educacional eficiente, proporcionando a
formação integral do indivíduo”. Assim, consideramos haver uma relação estável
e positiva entre leitura, escrita e Matemática, porque é no conjunto
destas que se produzem o(s) sentido(s) aos conteúdos ensinados pelos
Professores.
Podemos ser bons professores,
conhecedores dos conteúdos de matemática, no entanto, devemos ser bem instruídos
para ensinar aos nossos alunos a leitura adequada de cada questão, pois precisa
haver relações, comparações, exemplificações, dialogo sobre o conteúdo em
estudo. Micotti (1999, p. 162) afirma que, “o saber matemático, do ponto de
vista didático, permite destacar algumas peculiaridades: seu caráter abstrato;
a precisão dos conceitos; o rigor do raciocínio e a especificidade da
linguagem”. Não adianta nada ser um gênio da Matemática se quando abrir a boca
para mostrar seus conhecimentos evacua-se um monte de coisas sem sentido, nós
professores devemos estar preparados para todas as situações que envolvem a
linguagem matemática.
Uma educação de qualidade deve atingir
vários objetivos, dentre eles a relação de equivalência entre Linguagem e
Matemática. D’ambrósio (2009) nos diz que, a linguagem não envolve apenas
letras, mas também a quantificação de atributos de objetos para haver a
comunicação. Para o autor, "a Matemática é um instrumento importantíssimo
para a tomada de decisões, pois apela para a criatividade. Ao mesmo tempo, a
Matemática fornece os instrumentos necessários para uma avaliação das
consequências da decisão escolhida" (IBIDEM, 2009, p. 05).
A ideia de que a Matemática só tem
utilidade prática naquelas profissões que lidam com números encontram-se cada
vez mais longe da realidade, porque a Linguagem Matemática está presente em
diferentes gêneros textuais/discursivos, assim, as diferentes áreas de
conhecimento precisam ter conhecimento sobre a matemática para realizar as
leituras necessárias a compreensão de um objeto ou dos objetos de estudo que
envolvem as diferentes Ciências. Devemos valorizar a utilização de diferentes
informações para,
saber ler e interpretar diferentes
textos em diferentes linguagens, saber analisar e interpretar informações,
fatos e ideias, ser capaz de coletar e organizar informações, além de
estabelecer relações, formular perguntas e poder buscar, selecionar e mobilizar
informações, que são habilidades básicas do ser humano (DINIZ, 2011, 12).
No ensino da Matemática, os professores
se utilizam de muitos gráficos, figuras e símbolos, os quais devemos lê-los de
maneira correta para haver a aprendizagem do aluno. Desta maneira, é possível
visualizar um símbolo e achar que ele é algo totalmente diferente do que
realmente se mostra, este equivoco é justificado pela falta de leitura e de
prática da escrita que considera as práticas de interação humana, os contextos
sócio-históricos e culturais e a forma como as coisas acontecem no cotidiano.
Diante disso, devemos estar cientes que
devemos ensinar a matemática por meio da motivação, do interesse, da
curiosidade do espírito investigativo do estudante, por meio do qual
propiciamos "o uso dos conhecimentos matemáticos na compreensão da
realidade e capacidade de resolver problemas no seu cotidiano" (MATO
GROSSO, 2010, p. 06).
3. Considerações
Finais
Diante do exposto, consideramos que não
há distinção entre a Matemática, a Leitura e a Escrita, pois estão totalmente
interrelacionadas. Portanto, os professores devem levar para a sala de aula
essa dependência que uma disciplina tem da outra, não é porque sou um professor
de Matemática que não vou levar textos para meus alunos lerem, ou então porque
sou uma professora de Produção de Textos e Leitura que a Matemática deve passar
bem longe das minhas aulas. Essas ideias devem ser desconsideradas, temos que
fazer a apresentação desses conteúdos em conjunto, para que não ocorra a perda
de nenhum conhecimento articulado às diferentes áreas do conhecimento.
4. Referências
Bibliográficas
MARCUSCHI, Luiz Antônio. A
Produção Textual, Análise de Gêneros e Compreensão, Parábola Editorial,
2008 (p. 228 a 281).
MARTINS, Maria Helena. O que é
Leitura. São Paulo: Brasiliense, 2005.
MATO GROSSO. Orientações
Curriculares: Área de Ciências da Natureza e Matemática. Cuiabá-MT: SEDUC,
2010.
MICOTTI, Maria Cecília de Oliveira. O
Ensino e as Propostas Pedagógicas. In.: BICUDO, Maria Aparecida Viggiani.Pesquisa
em Educação Matemática: Concepções e Perspectivas. São Paulo:
Editora UNESP, 1999, (p. 153 a 157).
VASCONCELOS, Cláudia Cristina. Ensino-Aprendizagem
da Matemática: Velhos problemas, Novos desafios. Acesso:
25/02/2008.
D’AMBROSIO, Ubiratan. Teleconferência
no programa PEC – Formação Universitária, patrocinada pela Secretaria de
Educação do Estado de São Paulo, 27 de Julho de 2002. Artigo retirado do
site:HTTP://vello.sites.uol.com.br/aprendida.htm.
Acesso: 26/02/2009.
DINIZ, Maria Ignez. Coordenadora do
Mathema. Matemática e Leitura. http://www.mathema.com.br. Acesso:
03/05/2011.
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